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Last Update: 01/07/2025 11:14 AM

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Frente
Toxoplasmose. Agente, Transmissão, Sintomas, Período de Incubação, Período de infecciosidade, População de risco, Diagnóstico, Terapêutica, Epidemiologia, Medidas de prevenção
Verso
Toxoplasmose
  • DNO
  • Agente Etiológico:
    • Toxoplasma gondii: Parasita protozoário.
  • Transmissão:
    • Consumo de água ou alimentos crus contaminados: Principalmente carne crua ou mal cozinhada e vegetais mal lavados.
    • Transfusão sanguínea: Pode ocorrer raramente.
    • Transmissão vertical: De mãe para filho durante a gravidez.
  • Ciclo de Vida:
    1. Hospedeiro Definitivo: Gatos (e outros felinos) são os hospedeiros definitivos. O parasita reproduz-se sexuadamente no intestino dos gatos e liberta oocistos nas fezes.
    2. Contaminação Ambiental: Os oocistos são libertados nas fezes e contaminam o solo, a água, e outros ambientes.
    3. Ingestão por Hospedeiro Intermediário: Humanos e outros animais de sangue quente (ovelhas, porcos, etc.) atuam como hospedeiros intermediários, ao ingerir oocistos em água, alimentos ou através de contacto direto com solo contaminado.
    4. Libertação e Disseminação: Após a ingestão, os parasitas (esporozoítos) são libertados no intestino delgado e invadem as células dos tecidos do hospedeiro intermediário, transformando-se em taquizoítos, que se disseminam pelo corpo.
    5. Formação de Quistos: Os taquizoítos transformam-se em bradizoítos, formando quistos nos tecidos, que podem persistir por longos períodos.
    6. Ingestão por Hospedeiro Definitivo: Quando um hospedeiro definitivo (gato) ingere um hospedeiro intermediário infetado, os quistos libertam bradizoítos, que iniciam um novo ciclo de reprodução sexual no intestino do gato.
  • Sintomas:
    • Adultos Imunocompetentes:
      • Síndrome gripal leve: Febre, fadiga, dores musculares e articulares.
      • Síndrome mononucleose: Fadiga, dor de garganta, gânglios linfáticos inchados.
      • Linfadenopatia: Aumento dos gânglios linfáticos.
      • Linfocitose: Aumento do número de linfócitos no sangue.
      • Elevação das transaminases: Alteração das enzimas hepáticas.
    • Grávidas:
      • Aborto espontâneo: Risco de perda gestacional.
      • Parto prematuro: Risco de nascimento prematuro.
    • Toxoplasmose Congénita (quando a mãe é infetada durante a gravidez):
      • Alterações cefálicas: Microcefalia (cabeça pequena) ou macrocefalia (cabeça grande).
      • Outros problemas graves: Retinopatia, calcificações cerebrais, problemas neurológicos e deficiências no desenvolvimento.
    • Ocular:
      • Dor ocular, visão turva, fotofobia (sensibilidade à luz), lesões na retina.
    • Imunocomprometidos:
      • Sintomas neurológicos: Encefalite, convulsões, alterações comportamentais.
  • Período de Incubação:
    • 5 a 23 dias.
  • Período de Infecciosidade:
    • Não aplicável: A infeção é adquirida principalmente através da ingestão de oocistos ou quistos em alimentos contaminados, ou por via vertical. Não se transmite diretamente de pessoa para pessoa.
  • População de Risco:
    • Grávidas: Risco de transmissão congénita e complicações na gravidez.
    • Pessoas imunocomprometidas: Risco de complicações graves.
  • Diagnóstico:
    • Biópsia: Análise de tecido para detecção do parasita.
    • PCR (Reação em Cadeia da Polimerase): Detecção do material genético do parasita.
    • Serologia: Detecção de anticorpos contra o parasita.
  • Terapêutica:
    • Pirimetamina e sulfadiazina: Antiparasitários frequentemente utilizados, com ácido fólico para minimizar os efeitos secundários.
  • Epidemiologia:
    • Toxoplasmose congénita:
      • União Europeia: 7 casos por 100.000 nascimentos por ano.
      • Portugal: Sem dados reportados ao ECDC.
  • Políticas de Prevenção:
    • SINAVE: Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (especificamente para toxoplasmose congénita).
    • Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco: Inclui medidas de prevenção e rastreio para toxoplasmose durante a gravidez.
  • Novidades/Curiosidades:
    • Estudos recentes mostram que a infeção por Toxoplasma pode levar a alterações comportamentais em lobos e felinos, sendo mais prevalente em machos alfa, possivelmente devido a alterações nos níveis de dopamina ou testosterona.

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