Review Note

Last Update: 02/12/2025 09:26 PM

Current Deck: Exame_SP::Sanidade Internacional

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Frente
RSI - resposta mais completa
Verso

1. Enquadramento

  • Instrumento Legal Internacional: Adotado por 196 Estados Membros das Nações Unidas em 2005.
  • Objetivo: Prevenir e controlar a expansão de doenças no contexto internacional, com mínima interferência na circulação de pessoas e no comércio.
  • Aplicação: Define procedimentos e práticas de rotina em saúde pública em:
    • Portos (Anexos 3 e 8).
    • Aeroportos (Anexo 9).
    • Fronteiras terrestres (selecionadas).
    • Centros de Vacinação Internacional (Anexos 6 e 7).

2. Desafios da Saúde Pública Internacional

  • Surtos Epidémicos:
    • Cólera, meningite meningocócica, febre amarela.
  • Emergência de Doenças Víricas:
    • Influenza aviário em humanos, febres hemorrágicas (Ébola, Marburg), vírus Nipah, SARS, febre de West Nile.
  • Doenças Transmitidas por Alimentos:
    • Nova variante da doença de Creutzfeldt-Jakob associada à encefalopatia bovina espongiforme.
  • Surtos Acidentais ou Deliberados:
    • SARS por falha de biosegurança em laboratório, antraz em cartas nos EUA (2001).

3. Processo Português no RSI

  • Designação de Pontos Focais: Responsáveis pela implementação do RSI.
  • Notificação à OMS: Comunicação de emergências de saúde pública (Anexo 2).
  • Verificação de Informação Epidemiológica: Análise de dados sobre emergências.
  • Capacidade de Deteção e Resposta: Desenvolvimento de sistemas para identificar e responder a ameaças.
  • Inspeções e Controlo:
    • Rotinas em portos, aeroportos e fronteiras terrestres (Anexo 1).
    • Justificação científica de medidas que interfiram no tráfego internacional (Artigo 43).

4. Obrigações dos Estados Membros

  • Definição de Responsabilidades e Linha de Comando:
    • Integração do Plano Operacional Estratégico Nacional com:
      • Níveis de Saúde Pública (regionais e locais).
      • Clínicos, epidemiologia, laboratório, veterinária, ambiente, segurança alimentar, áreas química e radiológica.

5. Estratégias de Ação

a. Fomentar Parcerias
  • Funções Operacionais: Garantir que sistemas de alerta e resposta estão ativos.
  • Exercícios de Simulação: Identificar falhas no sistema de vigilância e resposta.
  • Qualidade Laboratorial: Padronização de procedimentos.
  • Formação de Recursos Humanos:
    • Investigação de surtos, diagnóstico laboratorial, controlo de infeção, comunicação de risco.
  • Avaliação de Planos Operacionais:
    • Número de casos de doenças, qualidade da água, etc.
    • Uso de indicadores standard da OMS.
b. Reforço Nacional de Prevenção, Vigilância, Controlo e Resposta
  • Execução de Planos de Ação: Mobilização de recursos necessários.
  • Exercícios Regulares: Testar a capacidade de resposta.
  • Aconselhamento em Viagens e Saúde: Centros de Vacinação Internacional.
  • Inspeções Sanitárias: Fronteiras, portos e aeroportos.
  • Certificação pela OMS: Portos e aeroportos designados.
  • Planos de Contingência: Preparação para emergências.
  • Controlo de Vetores e Reservatórios: Prevenção de transmissão de doenças.
  • Qualidade da Água e Serviços de Catering: Garantir condições sanitárias.
  • Gestão de Resíduos: Evitar contaminação.
c. Reforço da Segurança em Saúde Pública nas Viagens e Transportes
  • Lista de Portos Autorizados: Publicada pela OMS.
  • Autoridade Competente: Identificação de responsáveis em portos e aeroportos.
  • Planos de Emergência: Testes regulares para garantir requisitos básicos.
  • Procedimentos Standard: Manuseio de ameaças em saúde pública.
  • Exercícios de Simulação:
    • Exercício New Watchman (varíola) – Setembro 2005.
    • Exercício Common Ground (pandemia de gripe) – Novembro 2005.
d. Reforço do Sistema de Alerta e Resposta Global da OMS
  • Gestão de Riscos: Avaliação, comunicação e gestão de informação.
  • Uso de EPIs: Equipamentos de proteção individual e formação para profissionais de saúde.
e. Reforço da Gestão de Riscos Específicos
  • Redução de Riscos: Educação para a saúde, vacinação, controlo de infeção.
  • Preparação e Resposta: Planos para ameaças acidentais ou deliberadas.
  • Reservas Estratégicas: Stocks de vacinas, medicamentos e EPIs para ameaças prioritárias (Ébola, meningite, febre amarela, influenza, poliomielite).
  • Apoio da OMS: Programas para controlo de doenças com impacto sério na saúde pública (Anexo 2):
    • Influenza humana causada por novo subtipo (ex.: H7N9).
    • Poliomielite por poliovírus selvagem.
    • SARS, varíola.
    • Cólera, peste pneumónica, febres hemorrágicas (Ébola, Lassa, Marburg, West Nile).
    • Doenças com potencial epidémico (dengue, HIV, malária, sarampo, meningite meningocócica, zoonoses emergentes).

6. Monitorização do Processo

  • Indicadores de Monitorização:
    • 28 indicadores da OMS.
    • 20 indicadores da Assembleia Mundial da Saúde (WHA).
  • Áreas de Monitorização:
    • Riscos para a saúde humana.
    • Eventos em pontos de entrada (portos, aeroportos, fronteiras).
    • Capacidades essenciais (legislação, coordenação, vigilância, resposta, preparação, comunicação de risco, recursos humanos, laboratório).

7. Resultados Esperados

  • Avaliação Regular: Utilização de indicadores standard pela OMS.
  • Melhoria Contínua: Estudos para aprimorar a implementação do RSI.
  • Protocolo de Avaliação:
    • Protocol for Assessing National Surveillance and Response Capacities for the International Health Regulations (2005).

8. Estratégias de Ação

  • Revisão da Legislação Nacional:
    • Identificar prioridades e produzir legislação alinhada com o RSI.
  • Indicadores Quantitativos e Qualitativos:
    • Monitorizar a progressão da implementação.
  • Investigação: Identificar áreas de estudo para melhorar a aplicação do RSI.
Conclusão:
O RSI é um instrumento essencial para a saúde global, promovendo a cooperação internacional e a prevenção de ameaças à saúde pública. A sua implementação eficaz requer coordenação entre governos, organizações internacionais e comunidades locais, garantindo uma resposta rápida e eficiente a emergências de saúde.
🚨 Nota: A aplicação do RSI é dinâmica e deve adaptar-se continuamente aos novos desafios da saúde pública internacional.

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